Dançar se aprende dançando e se doando. Sem entrega não acontece a mágica, não dá liga. É se deixar levar pela música, livre, leve e solto..
Aventurar-se nesse universo exige descontração, determinação, personalidade, entusiasmo. Movimentos, cadências, ritmos, coreografias e habilidades vão sendo despertados no embalo da notas musicais.
Quanto mais praticar melhor desenvoltura terá. Há que se ter uma relação de alegria com a dança. Permitir ser conduzido a um mundo encantador, mágico. Leveza, elegância, sensualidade afloram no auge do encantamento.
Dançar é se permitir ser feliz. É soltar as amarras, largar o peso, limpar a área e deixar tudo na pista. É lavar a alma de tanta satisfação. É a terapia prazeirosa para muitos males.
Dançar é evoluir com graça e elegância rodopiando pelo salão. Encantar os olhos, despertar a emoção, alimentar os sonhos.
Paradoxal é dançar sem expor a alegria que tal arte nos proporciona. Não raro é vermos casais evoluindo no salão, ligados na performace em busca de aplausos, cuja expressão facial se revela fechada, séria, tensa, distante. Não rola.
Dançar requer alegria, emoção, entega, interação, afinidade, pois até na dança há que haver química entre os pares. Quando acontece, o casal baila lindamente expressando no olhar e, no semblante, o prazer que a dança proporciona.
Vemos com frequência a ausência de integração entre os pares, a falta de feeling entre os casais. Muitos estão alheios a tão bela arte, mostrando-se distantes e atentos a tudo que se passa no salão, revelando que dançar é mera prática física. Do mesmo jeito que nos encantamos com casais cuja integração é total, a performace é um show.
Quem dança com a alma é mais feliz, se destaca, brilha, encanta, faz a diferença...