sábado, 4 de julho de 2020

DESCARTÁVEIS...




Vivemos a era dos descartáveis, do prazo de validade vencido, da utilidade seletiva.

Não atender ao perfil vigente, sair do compasso, recusar,  não compactuar, não alimentar a má fé alheia , não adotar modismos e práticas nocivas,  enseja  rompimento, desinteresse, isolamento, solidão.

Na área afetiva, que não haja papo reto, DR, nem pensar.   
Não se permite questionamentos.. Ter relações paralelas  é uma prática normal para muitos.
A fila anda. Trocar de parceiro é mais fácil que permitir diálogo e mudança de comportamento.
Não há investimento, nem tampouco a percepção de que as relações são construídas.
A oferta é maior do que a busca. A facilidade, o imediatismo dominam. 
Fácil, prático e não requer qualquer investimento.

A idade é questão de descarte. Se não estiver dentro de uma faixa determinada, não há oportunidades, nem na área profissional, tampouco afetiva.
A aparência deve obedecer ao padrão vigente. 
Jovens, sarados, tudo em cima, erguido por silicone, botox, procedimentos cirúrgicos etc e tal. 
Na área profissional, a aparência tem sempre preferência, embora muitas vezes o currículo seja excelente.

A utilidade é vital. Enquanto for vantajoso permanece a relação, seja em que área for. 
O folgado, o mau caráter usa as pessoas para seus fins. 
 Na ausência de interesse ou da utilidade, o descarte é imediato.
O prazo de validade está vinculado ao interesse de utilização,  enquanto valer a pena, rola, desenrola, permanece e acontee.
Nos relacionamentos qualquer divergência se torna motivo para brigas, traições, separações.
Não há vínculos.
As relações se iniciam e finalizam facilmente.   E outras relações supérfluas, reiniciam sem qualquer envolvimento.  A permissividade é condição para manter a relação. Não confrontar, deixar para lá...
Novas relações, na maioria das vezes,  servem  para preencher vazios, ocultar frustrações, tirar onda para a galera do facebook, e fomentar as ilusões.
Total despreendimento e muita vaidade. Ego inflado.

No seio da família, poucos são os que cultivam relações afetivas de fato. 
Convivência onde haja respeito, carinho, dedicação, união, almoços em família, festas e comemorações são, cada vez, mais raras.
Comum  encontrar, mãe, pai, avós,  familiares,  isolados, distantes, carentes de atenção, exceto, se houver interesse.

Na área profissional muitos desprezam oportunidades em razão da falta de interesse em investir na carreira, ou  por conta de  exigências no exercício da função.  Outros disputam cargos e funções apelando, para truques e armações, sem noção de que uma carreira é construída ao longo do tempo.

Lamentavelmente, vivemos na era da superficialidade, da praticidade. Onde a mentalidade vigente é substituição, o descartável, o imediatismo.

Os sentimentos mais nobres estão sendo vulgarizados, substituídos por ganância, indiferença, insensibilidade, imaturidade, ambição.
É a era do egoísmo, da superficialidade, das aparências e do vazio no coração.
Talvez se explique o alto numero de pessoas depressivas, suicídios, separações e abandono de familiares, filhos e animais de estimação.
Ausência de elo de ligação, afetividade.

O mundo vive a era do materialismo onde ter é mais importante do que ser, onde os laços afetivos não tem valor algum, onde não há comprometimento com o que  se conquista, onde se vive distante de DEUS e dos valores que dignificam o homem...

De se lamentar...



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